A recente licitação para a instalação de novos radares de trânsito em Vitória da Conquista, liderada pela prefeita Sheila Lemos, levantou um debate importante sobre as prioridades na gestão pública. A pré-candidata à prefeita, Lúcia Rocha, do MDB, fez críticas fortes sobre o que ela considera um desperdício de dinheiro, especialmente num momento em que a cidade enfrenta sérios problemas de infraestrutura e serviços básicos.
A contratação de uma nova empresa para cuidar dos radares de trânsito gerou muitas perguntas por causa do alto custo do contrato. O advogado Albertto Barreto destacou que o valor anual do novo contrato chega a R$ 5.597.687,81, incluindo a instalação e o pré-processamento de multas, comparado com o contrato anterior de R$ 1.487.799,84. Essa grande diferença levantou suspeitas sobre a transparência e a eficiência no uso do dinheiro público.
Lúcia Rocha usou as redes sociais para mostrar sua indignação, dizendo que a cidade tem problemas mais urgentes que precisam ser resolvidos. “É absurdo gastar milhões para multar motoristas, enquanto nossa cidade está cheia de buracos, lixo espalhado, ruas sem asfalto. Tanta coisa para fazer e a prefeita prefere gastar milhões para multar os motoristas. Governar é escolher prioridades e a minha prioridade é melhorar a vida das pessoas”, declarou Rocha.
A crítica de Rocha destaca um ponto central na administração pública: a definição de prioridades. Governar envolve fazer escolhas difíceis sobre onde e como gastar o dinheiro, que é sempre limitado. Em um cenário ideal, a gestão pública deve equilibrar a necessidade de manter a ordem e a segurança, como é o caso dos radares, com a demanda por melhorias básicas que afetam diretamente a qualidade de vida dos cidadãos, como a pavimentação de ruas e a coleta de lixo.
elei
Você precisa fazer login para comentar.