Com atividades baseadas no tema da Páscoa e a tradicional cultura local do cacau e do chocolate, a Fábrica-Escola de Chocolate do Baixo Sul, localizada no Lago Azul, às margens da BR-101, no município de Gandu, promove o projeto “Chocolate: Educando pela Cultura”, até amanhã (28). A fábrica foi inaugurada pela Secretaria da Educação do Estado, em outubro de 2017, para servir de laboratório aos estudantes dos cursos técnicos de nível médio da região e na qualificação e formação profissional da comunidade, a partir da cultura cacaueira. A ação da Páscoa, “Chocolate: Educando pela Cultura”, começou nesta segunda (26), abrindo a Fábrica-Escola de Chocolate para visitação pública e o desenvolvimento de várias atividades.
Ontem (26), começou a oficina de Produção de Ovos de Páscoa Tradicionais, que conta com a participação de estudantes, professores e da comunidade. Nas terça e quarta-feira (27 e 28), estudantes da Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental participam de iniciativas voltadas para a valorização da cultura e história do cacau e do chocolate.
O superintendente da Educação Profissional e Tecnológica do Estado, Durval Libânio Netto, destacou o papel da Educação Profissional e Tecnológica para o fortalecimento da identidade territorial. “No momento em que o estudante tem a oportunidade de entrar em contato com os conteúdos de forma prazerosa, pode desenvolver-se melhor no processo de ensino-aprendizagem. Então, ele deixa de lado a atitude passiva para se tornar um indivíduo ativo, participativo e crítico-reflexivo. Quando o aprendizado é positivo, as atuações que são por ele refletidas se propagam positivamente possibilitando a melhoria da qualidade do meio em que se inserem”, avaliou.
O professor da Oficina de Produção de Ovos, Biano Alves Neto, do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), do campus de Uruçuca, explicou a importância do trabalho desenvolvido pela Fábrica-Escola de Chocolate. “Trazer essa qualificação para os moradores da região é dar alternativa dentro do mundo do trabalho, para que possam atuar como empreendedores e com a possibilidade de melhorar sua renda. Por isso, o curso é aberto para estudantes, professores e pessoas da comunidade, além, é claro, de valorizar a identidade local que tem uma relação histórica com o cacau e o chocolate”, contou.
Para o estudante Leonardo Argolo, do 4º do curso técnico de nível médio em Nutrição e Dietética, a oficina traz uma nova aprendizagem e fortalece o conhecimento. “Desde a inauguração da Fábrica-Escola de Chocolate que eu tenho acompanhado de perto todas as atividades. Esta, com certeza, é uma nova alternativa para que possamos empreender e, no meu caso, também, por em prática o que venho aprendendo no curso”, comentou.
Segundo a merendeira, Cristiane Correia, a maior motivação é poder conseguir uma renda extra no fim do mês. “Fiquei feliz de ser liberada para o curso, pois vou aperfeiçoar esse novo segmento. É motivador ter a oportunidade de estar aprendendo e, ainda, ter a expectativa de melhorar a minha renda”, afirmou.