O filme que estreou em 2009, nos leva ao Brasil da década de 20, anos depois da libertação dos escravos, e mostra como era a rotina dos negros no recôncavo baiano da época.
Eu fui à estréia nos cinemas e assisti novamente hoje. As imagens continuam me impressionando.
A fotografia e jogo de câmeras é um trabalho feito com muito cuidado e carinho por Rodrigo Monte e pelo assistente de câmera Lula Cerri.
Besouro é o nome do maior capoeirista de todos os tempos. Um menino que, ao se identificar com o inseto que desafia as leis da Física, desafia ele mesmo as leis cruéis do preconceito e da opressão.
Então, te dou a dica do filme de domingo: Besouro: Da capoeira, nasce um héroi.
1- Vai te fazer conhecer com maior facilidade os Orixás do Candomblé, já que eles são descritos de maneira visual e bastante prática. Tive a impressão de poder distinguir durante o filme quando os Orixás se manifestam no Besouro.
2- Uma viagem na rotina dos negros da época. Eles já eram livres no papel, mas a escravidão era a sombra desses baianos. É uma verdadeira aula de como as coisas funcionavam naquele tempo.
3- Empoderamento feminino, quando ‘Dinorá’, personagem vivida por Jéssica Barbosa, não cede ao coronel, já que eram tidas como objeto sexual. E finalmente quando desfaz os cachos e deixa o black respirar.
4- Mostra cultura, a capoeira e o combate dos negros a opressão e luta por direitos. Em uma das cenas, ‘Mestre Alípio’ diz:”Não tenha medo Besouro, a semente foi plantada. Nosso povo vai acordar.”
Não vou contar mais sob o risco de falar muito. O filme você encontra facilmente dando um google, mas pra facilitar vou deixar o link do filme: Besouro. É uma pena a Netflix não disponibilizar essa obra.