As mulheres ouvem desde muito pequenas frases como: “não faça isso, isso é coisa de menino”, “isso não são atitudes de mocinha”, “meninas não devem fazer isso”, e simplesmente crescemos achando que somos incapazes de realizar “tarefas masculinas” ou “agir como “meninos”. O fácil, o delicado, o sem graça, a teoria, fica com as mulheres. O difícil, interessante, aventureiro, a prática, com os homens. Sempre foi assim e duvido muito que mude, mas isso é papo para outra hora. O fato é que o sexo feminino vem se destacando na sociedade em geral, apesar de faltar muito para alcançarmos uma verdadeira equidade. Nos esportes, na ciência, na aeronáutica, as mulheres estão provando que podem (e devem) quebrar as barreiras da misoginia e serem quem elas bem entenderem. Mas falta estímulo, principalmente da mídia. Não importa o quanto uma menina seja talentosa, ela será diminuída a um nível de objeto. Se estiver dentro dos padrões, será apenas mais um rostinho bonito, uma “musa”. Se não estiver nos padrões, será humilhada, de modo que todos os seus “defeitos” sejam expostos pro mundo como se ela fosse uma criminosa. A mídia é cruel e naturaliza o machismo e a insuportável cultura do estupro.