No atual cenário de avanços tecnológicos e globalização, a inclusão digital é uma questão crucial. Contudo, é necessário questionar a visão capitalista de que a posse de dispositivos tecnológicos representa a inclusão. Ter acesso à tecnologia é apenas o começo para uma participação completa na sociedade digital. A ilusão de que a posse automática de dispositivos leva à inclusão esconde um desafio mais profundo: o analfabetismo digital.
Para além do acesso, é fundamental desmistificar o analfabetismo digital.
Possuir um smartphone ou computador não garante a compreensão de suas complexidades. A falta de conhecimento resultou em um fenômeno onde as pessoas possuem ferramentas, mas carecem das habilidades para usá-las. Isso é um obstáculo real para a verdadeira inclusão, prejudicando a capacidade de navegar, avaliar criticamente e criar no ambiente digital.
Desafiar a narrativa capitalista é crucial.
A ideia de que a inclusão digital é alcançada pela posse de produtos tecnológicos mantém uma visão simplista e comercial da cultura digital. Uma inclusão autêntica demanda capacitar as pessoas a compreender, usar e contribuir significativamente para o mundo digital. Isso exige investimentos em educação digital abrangente, permitindo que indivíduos não só consumam, mas também participem ativamente na criação e formação da cultura digital. Em resumo, superar o mito da inclusão baseada apenas no acesso requer uma abordagem focada no desenvolvimento de habilidades digitais sólidas, desafiando a narrativa superficial do capitalismo.
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