Na tarde de hoje, o médico Luiz Leite foi detido sob a acusação de racismo. O episódio ocorreu durante uma inspeção no Hospital Otaciana Pinto, quando uma enfermeira vistoriadora, da Secretaria Estadual de Saúde, se sentiu ofendida por um comentário feito pelo médico sobre a cor da pele. Confira na reportagem de Oziel Aragão.
De acordo com a delegada Lisdeili Nobre, responsável pelo caso, o médico teria feito um elogio que foi interpretado como racismo. A enfermeira afirmou que, ao chegar a uma área do hospital denominada “conforto médico”, o Dr. Luiz teria feito um comentário sobre a cor de sua pele, sugerindo que sua beleza se devia ao fato de ter sangue branco.
“Trata-se de um flagrante delito de racismo”, declarou a delegada. “A vítima imediatamente acionou o setor jurídico da empresa para a qual presta serviço, e a orientação foi suspender a vistoria e acionar a polícia. Não só a vítima foi ouvida, mas também testemunhas que confirmaram as versões apresentadas.”
Por outro lado, a defesa do Dr. Luiz Leite, conduzida por sua advogada, alega que não houve intenção de cometer um crime de racismo. Segundo a advogada, o comentário do médico foi um elogio feito em voz baixa para um colega, não dirigido diretamente à enfermeira.
“Não houve crime de racismo. Foi um mal-entendido”, afirmou a advogada. “O Dr. Luiz nega veementemente a acusação. Ele apenas fez um comentário em voz baixa para um colega, e a outra pessoa presente no momento interpretou de forma diferente.”
Dr. Luiz Leite, médico conhecido na cidade com 52 anos de profissão, agora aguarda pela audiência de custódia enquanto sua defesa busca os meios legais para sua liberação.
Agora, cabe à justiça avaliar os argumentos de ambas as partes e determinar o desfecho deste caso que tem gerado discussões sobre a linha tênue entre elogios e ofensas, especialmente quando se trata de questões raciais.