Não há muito o que comemorar neste 13 de maio, apesar de estar completando 132 anos da abolição da escravatura. É que, na verdade, a escravidão não acabou, nem no Brasil nem no mundo como atestam os dados da organização australiana Walk Free Foundation, divulgados no ano passado – em todo o planeta, há aproximadamente 46 milhões de pessoas submetidas a alguma forma de escravidão.
Em entrevista à Rádio USP, a professora Zilda Yokoi, titular do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, observa que o que mudou foi o conceito de escravidão, antes compreendido como a compra e venda de uma pessoa humana. Hoje, o conceito se ampliou, significando toda e qualquer forma de aprisionamento, expropriação, perseguição, prisão e a não remuneração pelo trabalho realizado.
Atualmente, com a chegada de imigrantes originários da África ao Brasil, a preocupação com o trabalho escravo só cresceu, uma vez que a essa condição junta-se o racismo.
No mundo, a escravidão ainda é uma realidade em países como Coreia do Norte, do Leste Europeu, Camboja e Índia, entre outros – além do próprio Brasil, que, como não poderia deixar de ser, também aparece nesse ranking de degradação do ser humano.
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