Por Andreyver Lima, especialista em marketing político
Mark Zuckerberg, presidente da Meta, anunciou o fim do programa de checagem de fatos nos Estados Unidos. Agora, a empresa vai adotar um modelo parecido com o do X (antigo Twitter), de Elon Musk, onde a própria comunidade ajuda a moderar o conteúdo. Parece interessante, mas será que funciona? E o que isso muda no mundo das redes sociais e da política?
O que é essa “moderação da comunidade”?
Em vez de as empresas verificarem se uma informação é verdadeira ou falsa, isso fica por conta dos próprios usuários. Na teoria, dá mais poder às pessoas e torna as redes mais democráticas. Mas, na prática, é um grande desafio. Quem garante que a comunidade vai saber identificar o que é real e o que é fake?
Sem o programa de checagem de fatos, a preocupação com as fake news aumenta ainda mais. E isso acontece justo no momento em que as inteligências artificiais (IAs) estão avançando, criando vídeos, imagens e áudios tão realistas que fica difícil saber se são verdadeiros ou não.
A inteligência artificial: uma aliada ou um problema?
A Meta e outras grandes empresas, como a de Elon Musk, têm investido pesado em IAs que permitem criar imagens impressionantes. Essas ferramentas são incríveis, mas também podem causar estragos, especialmente na política. Um exemplo recente foi quando imagens falsas de Lula e Bolsonaro se abraçando no Natal viralizaram. Eram criações feitas por IA.
É divertido hoje, mas mostra como a tecnologia pode ser usada para espalhar fake news. E em tempos de eleições, as consequências podem ser ainda mais graves, influenciando opiniões e até o resultado das urnas.
Por que isso importa?
As redes sociais são o palco principal de debates hoje em dia. Decisões como essa de acabar com a checagem de fatos podem transformar o ambiente virtual em um terreno perigoso para desinformação. Com o avanço das IAs e sem filtros confiáveis, o impacto das fake news pode ser ainda maior.
Liberdade de expressão é essencial, mas as plataformas precisam assumir responsabilidade para garantir que a informação seja confiável. Em um mundo cheio de notícias falsas e tecnologias avançadas, precisamos estar mais atentos do que nunca para proteger a verdade e a democracia.