O Brasil voltou a registrar casos de raiva humana, nos centros urbanos, por isso é preciso uma ação redobrada e conjunta das autoridades e população durante as campanhas de vacinação de animais. O alerta foi feito na noite desta quinta-feira, dia 09, pelo veterinário Valdemar D’fonseca, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Itabuna, durante a Sessão Especial da Câmara de Itabuna, que discutiu Políticas Públicas para a proteção dos animais.
“A raiva é uma doença infectocontagiosa que atua no sistema nervoso central. É uma zoonose com alta letalidade e a raiva canina é endêmica em várias localidades do país”, reafirmou o veterinário. Para Valdemar D’fonseca, “é preciso manter os animais vacinados. O Governo está anunciando uma campanha de vacinação antirrábica, no entanto, está faltando voluntários, vacinadores para participar da iniciativa”.
“A proteção aos animais não é uma questão supérflua, e a prevenção de zoonoses, visando à promoção da saúde humana, só se consegue por meio de ações de Educação em saúde. A nossa grande arma é a educação da população”, afirmou a professora Roueda Abou Said, diretora do Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Santa Cruz.
A Sessão Especial foi proposta pelo vereador Pastor Francisco. Contou com a presença da professora Lais Dorea, coordenadora do curso de Veterinária da FTC-Itabuna e de estudantes do curso de Veterinária da FTC e da Uesc. A diretora da Fundação Jupará, Rosa Penzza, mostrou-se preocupada com a situação dos Centro de Controle de Zoonoses e anuncou a realização de um senso animal, para levantar o número de cães e gatos existentes em Itabuna.
O vereador Pastor Francisco lembrou que apresentou, na Câmara, o projeto criando a Semana de Conscientização dos Direitos dos Animais, evento que deve anteceder o dia 14 de março e que tem o seu ponto ato no dia 07 de março. “Em 2016, eu apresentei o “Castramóvel”, projeto que não teve andamento devido à falta de recursos do município para mantê-lo. Mas, ele está sendo reformulado para ser reapresentado com uma nova formulação”, anunciou.
Pastor Francisco citou também um projeto contra os maus tratos, que propõe multa àquele que maltratar ou abandonar animais. “Esse projeto encontra-se no Setor Jurídico desta Casa, em processo de análise. Em nosso país, as leis referentes à punição legal a maus tratos aos animais, são brandas. Maus tratos são considerados crimes de menor potencial ofensivo, o que aumenta e dificulta o seu combate”, afirmou.