A imagem usada para ilustrar Momo é de uma escultura japonesa, de uma mulher-pássaro, que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Ginza.
A personagem com olhos esbugalhados e sorriso sinistro teve sua imagem disseminada pelo WhatsApp, como um desafio viral que começou no México e se espalhou pelo mundo no ano passado, no qual os participantes eram estimulados a se comunicar com um número desconhecido.
Nessas conversas, autoridades identificaram que os participantes eram expostos a mensagens de conteúdo violento e de estímulo ao suicídio. Também havia temores de que participantes tivessem seus dados pessoais roubados.
Depois, versões da Momo estimulando o suicídio de crianças foram inseridas no meio de vídeos tradicionais infantis – especialistas acreditam que pessoas mal-intencionadas baixem esses vídeos originais (como os da canção Baby Shark e da massinha slime), editem com inserções de alguns segundos da Momo e compartilhem-nos online. Há diferentes versões, mas elas giram, basicamente, em torno de uma voz distorcida que pede a crianças que busquem objetos afiados e se cortem com eles.
O MP-BA já notificou o Google e WhatsApp para que removam imagens da boneca ‘Momo’ das redes sociais
“Houve ampla repercussão do vídeo e, como havia a possibilidade de repercussão na Bahia, foi instaurado o procedimento, para colheita de dados, provas, e a manifestação das empresas”, afirmou o promotor.
“O vídeo está circulando em inglês e espanhol pelo WhatsApp. O que estamos buscando é que eles adotem providencias para que não seja mais compartilhado”, acrescentou. O pedido do MP-BA vai ao encontro de discussões realizadas em publicações especializadas no público infantil.
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