O ex-presidente Temer está preso por ordem do juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato. As acusações contra Temer são muitas. Ele responde 9 inquéritos.
Também foi preso Moreira Franco, sogro do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Mera coincidência?
Moro havia cobrado de Maia celeridade no andamento do projeto de medidas anti-crime no Congresso, e Maia então chamou o ministro de ‘funcionário de Bolsonaro’, afirmando que o projeto é um ‘copia e cola’.
O ex-juiz quer acelerar a tramitação do pacote anticrime, como se fosse tão urgente quanto a reforma da Previdência. Maia, por outro lado, já disse expressamente que a Previdência é a prioridade. E para mostrar que Moro não é presidente da República para fazer demandas ao Congresso, o deputado ainda desacelerou o pacote anticrime criando um grupo de trabalho para discutir a proposta, antes de enviá-la para as comissões permanentes da Câmara.
Se os deputados se convencerem de que a prisão de Temer e Moreira Franco foi um ataque da turma que segue os passos de Sergio Moro, a resposta pode vir em forma de obstáculos à agenda de reformas.
Moro e Bretas já até comeram pipoca juntos no cinema. E como o Brasil não é para amadores, dizia Tom Jobim, o filme dessa pipoca era: A Lei é para Todos.
1. Lava jato tem fundo bilionário descoberto e suspenso pelo STF.
2. STF que Temer decretou aumento salarial no fim do governo num aceno a troca de favores.
2. Moro e governo Bolsonaro se desentendem com Maia.
3. Maia faz duras críticas ontem sobre o projeto de Moro e o chama de “funcionário de Bolsonaro”, além de falar que ele não entende nada de política.
4. No dia seguinte, Temer e Moreira Franco são surpreendidos presos.
5. Moreira Franco é sogro de Maia.
6. Maia coloca Freixo (PSOL) e Teixeira (PT) para comporem a comissão de avaliação do projeto de Moro.
7. Maia suspende reunião da base do governo para discussão da reforma da previdência.
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