Nestas eleições, a internet e as redes sociais não são novidades na divulgação das propostas e dos projetos dos candidatos, mas torna cada vez mais importante a cultura digital no processo político. Os candidatos, o eleitor e a Justiça Eleitoral, estão mais conectados que nunca.
Nos estudos de comunicação política, o exemplo de boa comunicação digital na campanha presidencial vem de 2008. As lições de marketing e planejamento de Barack Obama ficaram marcadas na história.
De lá pra cá, vivemos 2010, numa eleição com forte uso do twitter, aprendemos mobilização social nas jornadas de junho de 2013, em 2018 o ápice das fake news. Desde então muita coisa mudou e em 2022 o Brasil passa por mais uma prova de resistência.
A internet não é ‘terra de ninguém’
Em meio ao contexto digital destas eleições, é fundamental nos situar nos instrumentos digitais de comunicação e acesso à informação. Para os candidatos, sites, blogs, facebook, twitter, instagram, tik-tok, e-mail marketing, são permitidos, desde que a campanha eleitoral digital atenda os limites estabelecidos em lei.
Para o cidadão, o e-Título, a versão digital do título eleitoral, que substitui o documento em papel, soma mais de 27 milhões de eleitoras e eleitores. Por meio do aplicativo, também é possível justificar a ausência, bem como emitir certidões de quitação eleitoral e nada consta criminal eleitoral.
O mercado da influência digital nas eleições
Uma preocupação deste ano, é a moderação de conteúdo nas redes digitais e seus reflexos no processo eleitoral. O maior desafio é como as empresas de tecnologia e a Justiça Eleitoral vão se apoiar no combate à desinformação, uma problemática das eleições de 2018.
Além disso, a participação de influenciadores digitais nas campanhas já é algo que causa um grande efeito nos milhões de seguidores que os acompanham diariamente.
A participação do Brasil na internet
Os olhos do mundo estão no Brasil e em como o processo eleitoral se dará por aqui. Nosso país ocupa o segundo lugar da lista de países que passam o maior tempo online do mundo. Em média, um brasileiro gasta 10 horas e 8 minutos por dia navegando na internet, o que equivale a 154 dias por ano. Um campo fértil para propaganda política em massa.
Diante de todos os aspectos e após o processo eleitoral, nosso país sairá vitorioso e deve se tornar estudo de caso, seja qual for o resultado nas urnas.
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Andreyver Lima é jornalista, comentarista político, âncora do Café iPolítica e editor do blog Seja Ilimitado.
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