por Andreyver Lima, direto de Paris – Quem já se preparava para entrar no Museu do Louvre, estranhou a demora no acesso às exposições. Munidos de seus tickets, comprados pela internet com hora marcada, turistas de todo o mundo aguardavam do lado de fora, num frio de 4°C.
Quando liberarada a entrada, após o entra e sai de seguranças, foi revelado o motivo. O movimento grevista de funcionários do Louvre, fazia mais uma manifestação contra a reforma da previdência.
Desde dezembro de 2019, os funcionários do Museu fazem paralisações e manifestações, seguindo os trabalhadores do transporte público, que já estão parados há dois meses.
CAOS NO TRÂNSITO
Os trabalhadores dos transportes públicos franceses se dizem dispostos a continuar a paralisação até a retirada da reforma das aposentadorias.
O trânsito na cidade de Paris está um completo caos, inclusive com motociclistas cortando calçadas e motoristas invadindo a faixa de pedestres.
O primeiro-ministro Édouard Philippe ofereceu neste sábado a retirada de uma das medidas mais polêmicas: os 64 anos como idade mínima para se aposentar com pensão integral. Hoje a idade legal é de 62 anos. A chamada “idade-pivô” bloqueava a negociação com a CFDT, o principal sindicato da França. Outros sindicatos, como a CGT, exigem a retirada completa da reforma.
A concessão pode ser o ponto de inflexão em um conflito que está desgastando o Governo e já custou mais de 800 milhões de euros (3,64 bilhões de reais) às empresas públicas de transporte.
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