MORAL HAZARD? O que o colapso financeiro de grandes bancos diz sobre você e seu dinheiro

por Andreyver Lima – Poucos dias após a falência do Silicon Valley Bank (SVB) — a maior instituição financeira do Estados Unidos a quebrar desde a crise de 2008, o colapso do suíço, Credit Suisse, abalou a confiança no país conhecido por sua credibilidade financeira.

Especialistas e investidores apontam que os últimos acontecimentos políticos, sejam as eleições no Brasil ou aprofundamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, influenciam como uma mudança de pólo econômico no mundo.

O papel equilibrado da China no conflito do leste europeu, também diz muito sobre o que há de vir, diante de um cenário de incertezas.

Após a crise financeira de 2008, a China emergiu como um dos principais motores da economia mundial, desempenhando um papel cada vez mais importante, implementando uma série de políticas agressivas para estimular a economia, incluindo investimentos em infraestrutura e uma política monetária flexível. Como resultado, tornou- se o maior parceiro comercial de muitos países em desenvolvimento e emergentes, além de ter aumentado sua influência nas instituições financeiras internacionais.

E o no Brasil, o retorno de um ex-presidente populista ao poder, no país que já foi a 6ª economia do mundo, desperta a atenção da política mundial.

O SALVAMENTO DE BANCOS

Após o colapso do SVB, o americano Federal Reserve (Fed), lançou um novo programa de empréstimos destinado a garantir que outros bancos regionais com balanços semelhantes não tenham o mesmo destino. O SVB, obtinha metade das startups americanas que receberam aportes em 2022 e muitas empresas brasileiras tinham contas no banco.

O salvamento do Credit Suisse, com apoio do governo suíço, se deu com a compra pelo também suíço UBS, comprando cada ação por quase metade do que valia há pouco tempo.

O SVB também tinha acordos financeiros com a Credit Suisse.

O QUE ISSO DIZ SOBRE VOCÊ E SEU DINHEIRO?

Muitas das startups que atuam no mercado brasileiro, são da safra de bancos digitais ou apps de transação financeira e exchange de criptomoedas. O que torna esse mercado lucrativo.

A notícia da falência do SVB, fez uma corrida aos aplicativos para saque e pix, o que por muitas vezes deixava os servidores fora do ar. O NUBANK chegou a emitir nota afirmando que não fazia parte do grupo de startups no prejuízo.

A APLICAÇÃO DA MORAL HAZARD

No mercado financeiro, a especulação tem preço volátil. O que abre espaço para a aplicação da Moral Hazard, termo usado na economia para descrever a situação em que uma empresa toma mais riscos porque sabe que não terá que arcar com todas as consequências negativas de suas ações. Em outras palavras, é quando alguém se sente mais propenso a se arriscar porque sabe que se algo der errado, não será totalmente responsável pelas consequências. Por exemplo, se uma pessoa tem seguro de saúde, pode se sentir mais inclinada a se envolver em atividades arriscadas porque sabe que o seguro cobrirá os custos médicos, independentemente de quem é o culpado. A moral hazard pode levar a comportamentos irresponsáveis e, em última instância, pode aumentar os custos para todos os envolvidos. Alô, Americanas!

O MUNDO PRECISA DE UMA NOVA REGRA ECONÔMICA?

Foi em 1944, que os acordos de Bretton Woods, definiram um conjunto de regras econômicas para o comércio internacional. No entanto, desde então, surgiram novas visões da economia. Uma delas é o conceito de economia circular, que visa minimizar o desperdício e maximizar o uso de recursos. Outra é a economia compartilhada, que incentiva o compartilhamento de bens e serviços para reduzir o desperdício e aumentar as conexões da comunidade. Além disso, existe o conceito de economia regenerativa, que busca restaurar e reabastecer os recursos naturais, ao mesmo tempo em que promove o crescimento econômico.

O PAPEL DO CIDADÃO DIANTE DA CRISE

Diante do cenário, o cidadão é fundamental para ajudar a manter a estabilidade da economia e se proteger dos efeitos negativos da crise. Uma das formas de contribuir é por meio do consumo consciente, evitando gastos desnecessários e fomentando a economia local. Além disso, é importante que os cidadãos se informem sobre a situação econômica do país e busquem alternativas para se proteger de possíveis impactos, como investir em ativos seguros e diversificar suas fontes de renda. Também é essencial que os cidadãos participem ativamente do debate público sobre as políticas econômicas, pressionando o governo a adotar medidas que protejam os interesses da população e promovam a recuperação da economia.

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