A política “profissional” de Itabuna

Por: Oziel Aragão
A renúncia do Provedor da Santa Casa de Itabuna, Eric Júnior, mostra que um dito popular ainda é regra, “política não é para amadores”, não necessariamente que o ex-postulante ao cargo de prefeito de uma cidade carente de tudo, seja amador, mas o jogo é muito pior do que parece ser, a busca pelo poder independe dos desejos de melhoria ou cidadania, para isso, atropelar o seu adversário se faz necessário. Com a sua renúncia é possível que agora, somente agora, os repasses da Santa Casa de Itabuna retornem à sua normalidade, que os salários que estavam sendo pagos em dia, sim, em dia, voltem a ser realidade para os funcionários. Talvez, em nome de algo que é muito maior que uma candidatura neste momento, o Provedor tenha deixado de lado o desejo de ser, e continuar sendo um gestor da unidade de saúde mais respeitada do Nordeste brasileiro. Problemas, salários altos, bem, mais a frente saberemos da verdade, neste momento é perceptível a funcionalidade da política, o poder é gostoso, lambuzar-se nele, enquanto o isso, o povo… ah, o povo.

Em uma conversa longe de entrevistas, o Provedor já declarava tal desejo, da desistência, mas podemos avaliar sobre o que vem por aí para o pleito eleitoral de 2020, em Itabuna. O atual Prefeito Fernando Gomes (ainda sem partido), pouse no PP, partido do vice-governador do estado, João Leão, indo para o embate nas próximas eleições municiado com a máquina do estado, através do Governador Rui Costa (PT), mesmo com a resistência da militância local.

Diante do cenário, pré-candidatos que estão encarando o atual Prefeito e não terão problemas com o enfrentamento são: Vereadora Charliane ne Sousa, embasada e coberta pelo MDB e PTB, os Presidentes Futuca e Benito, respectivamente, garantiram uma briga de gigantes; O médico Isaac Nery, ingresso do partido recém-criado na cidade, Avante, conhece a máquina local, já debateu os motivos da sua saída e mostra-se sem temor do gigante; Babá Cearense, partido PSL, onda bolsonarista e também está mostrando coragem para seguir em frente, porém, depende do bom andamento do seu partido; O médico Antônio Mangabeira (PDT) está no páreo, entretanto, estagnado, nem cresce nas pesquisas e nem perde eleitores, números ainda não suficientes para ganhar uma eleição.

Nos bastidores da política itabunense, falam em uma superfrente, a questão é decidir quem vai sair como cabeça de chapa, ninguém quer ser vice, deixando o cenário aberto para uma possível reeleição de Fernando Gomes, mesmo com os salários dos servidores atrasados, saúde ruim, asfalto que racha e denúncias diversas sobre repasses e folha de funcionários. Sim, é verdade, a reeleição pode acontecer.

Para alguns especialistas, Itabuna, cidade com cerca de 240 mil habitantes, não discute gestão, espera acontecer e decide no dia da eleição, sendo assim, o que nos resta é aguardar quais serão os bons nomes lançados a desistirem da eleição municipal.

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